MANTEGA BATE RECORDES DE TEMPO E DE RESULTADOS
Ministro se torna nesta quinta-feira 27 o mais longevo titular da Fazenda na história republicana; ultrapassou Pedro Malan, da era FHC, em um dia; Delfim Netto, dos governos militares Costa e Silva e Garrastazu Médici, caiu para a terceira posição; após a redemocratização, resultados obtidos pela política econômica de Mantega são melhores do que os de Malan e, também, do petista Antonio Palocci, dos tempos de Lula na Presidência; em seus até aqui oito anos de gestão, atual ministro pilotou a criação de 15,3 milhões de empregos; ele merece as críticas que tem recebido?
Nascido em Gênova, na Itália, o ministro Guido Mantega se torna nesta quinta-feira 27 o mais longevo titular da Fazenda da história republicana do Brasil. Ele completará oito anos e um dia no cargo, ultrapassando em permanência o titular da pasta na era FHC, Pedro Malan. O economista Delfim Netto, chefe da Fazenda nos governos dos generais Costa e Silva e Garrastazu Médici, fica com o terceiro lugar.
Mas o tempo de casa, no caso de Mantega, é apenas um fator que pode ser comemorado por ele. O fato é que, em sua gestão na Fazenda, o atual ministro exibe melhores resultados que os alcançados por Malan, nos dois governos tucanos, e também do petista Antônio Palocci, dos tempos do governo Lula.
Com a geração de 15,3 milhões de empregos com carteira assinada desde que assumiu, em em 27 de março de 2006, Mantega pilota uma política econômica que tem uma média de taxa anual de desemprego de 7,4%. Neste período, o País conheceu o patamar mínimo de 5,4%, no ano passado. Em 2002, último ano de Malan no cargo, o índice de desemprego chegou a 11,7%. Na maior parte da gestão de Palocci, entre 2003 e 2006, a taxa média ficou em 11,2%.
Em termos de crescimento do PIB, Mantega também possuiu melhor resutado que os dois antecessores. Em sua gestão até aqui, a média anual de crescimento da economia foi de 3,5%, contra 3,3% no período Palocci e 2,3% com Malan.
Apesar de muitos comentários, agora, sobre a queda na taxa de investimento na economia, também neste ponto Mantega mostra um resultado acima dos antecessores. Enquanto a gestão de Palocci apresentou taxa média de 15,8% do PIB e, com Malan, esse índice fora de 16,9%, o atual ministro pode mostrar um percentual mais robusto: 18,3% do PIB.
Na ponta da economia, o desempenho da pilotagem de Mantega igualmente é favorável ao ministro. Com ele, nos últimos oito anos o comércio apresentou aumento médio de vendas de 7,6% ao ano, contra 3,5% no período Palocci e apenas 1,1% no de Malan.
Entre efeitos sociais da gestão, outra vez Mantega tem um trunfo a seu favor. O índice de Gini, que mede a desigualdade social, caiu para 0,50 em 2013, com média anual de 0,5182 nos últimos oito anos. Essa taxa foi mais alta com Palocci (0,5450) e, também, com Malan: 0,5633.
Pedra de toque nas preocupações de diferentes analistas, a taxa média de inflação na gestão Mantega, entre 2006 e 2013, ficou em 5,2%, contra 7,5% no período de Palocci e 9,2% no de Malan.
Em outro dado macro, Mantega bate a gestão tucana em termos de média de superávit primário – 2,8% contra 1,5% na administração Malan – mas fica atrás de Palocci, que chegou a 3,6%.
Cercado de pressões por todos os lados, com sua cabeça pedida até mesmo por publicações internacionais, Guido Mantega ruma, agora como ministro da Fazenda mais longevo, para completar, em dezembro, quatro anos ao lado da presidente Dilma Rousseff. Com o sucesso de seu trabalhado atrelado ao resultado da eleição presidencial de outubro, Mantega, à luz da história, já é um campeão. Ele, afinal, tem resultados para justificar o porque de estar ministro por tanto tempo.
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