76% da classe C e 78% da D e E apoiam vinda de médicos do exterior
Jornal Brasil Econômico, em 18/03/2014
Pesquisa realizada pelo instituto Data Popular aponta que o programa Mais Médicos, lançado em julho do ano passado pelo Governo Federal, conta com a aprovação da maioria da população brasileira, sobretudo entre os cidadãos das classes C, D e E, o que tende a favorecer a presidente Dilma Rousseff nas urnas. De acordo com o levantamento, 76% se dizem favoráveis à iniciativa de trazer médicos estrangeiros para prestar serviços de atendimento à saúde da população do país, em oposição a um percentual de 23% que se posicionou contra a medida e 1% que se absteve. Além disso, 80% dos entrevistados afirmam que faltam médicos no Brasil, enquanto 16% discordam da afirmação e 4% não sabem opinar sobre o tema.
Vale ressaltar que a percepção de que há escassez de médicos no país é maior entre as pessoas das classes C, D e E. Na classe C, 87% dos entrevistados concordam com a afirmação de que faltam médicos no Brasil; entre os representantes das classes D e E, o índice é maior, 89%. A vinda de médicos do exterior para prestar atendimento básico à saúde no Brasil é bem vista por 76% dos membros da classe C e por 78% pelos representantes das classes D e E.
A pesquisa, que foi realizada no mês de dezembro com 3 mil pessoas de todas as classes sociais em 150 cidades das cinco regiões do país, indica ainda que os brasileiros são favoráveis à oferta de serviços públicos gratuitos na área da saúde para todos os cidadãos. Entre os entrevistados, 61% defendem a gratuidade a todos nos hospitais e postos de saúde, enquanto 30% defendem que o acesso gratuito deveria ser restrito aos mais pobres. Por outro lado, 4% defendem que o governo deveria bancar metade dos gastos com a saúde para os mais pobres e outros 4% são a favor de que o governo arque com 50% das despesas da saúde para todos os brasileiros.
Em relação à aquisição de medicamentos, 52% afirmam que o governo deveria oferecer remédios gratuitos para toda a população, enquanto 32% dos entrevistados acham que os medicamentos gratuitos deveriam ser oferecidos apenas aos mais pobres. Exatos 87% defendem que o governo deveria pagar metade dos gatos com remédios para todos os brasileiros e outros 77% são a favor de que o governo custeie metade desses gastos apenas com o mais pobres.
Em relação ao salário de R$ 10 mil mensais, oferecido aos médicos que aderiram ao programa, 17% consideram o valor alto para esses profissionais, 46% consideram adequado, e 36% consideram baixo.
"Como toda política pública bem acolhida pela população, o programa Mais Médicos tende a gerar dividendos políticos eleitorais", afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Datapopular, mencionando que o projeto pode reverter votos para a presidente Dilma Rousseff na próxima eleição presidencial entre os eleitores que aprovam e apoiam o projeto.
PRINCIPAIS RESULTADOS
91%
É o percentual de brasileiros que defende que os serviços de saúde devem ser qratuitos.
84%
É a proporção de entrevistados que apoia a distribuição gratuita de medicamentos.
80%
Nível de pessoas que acredita que faltam médicos no país.
76%
Porcentagem dos que são favoráveis a vinda de médicos do exterior para atuar no SUS.
63%
É o percentual que acha que R$ 10 mil (valor da bolsa do Mais Médicos) é uma remuneração adequada para o médico.
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