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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Rejeição a protestos é a maior desde junho, diz Datafolha
Brasileiros contrários às passeatas pelo país somam 42%; percentual era de 15% em junho do ano passado.
52% apoiam os atos, índice mais baixo desde o início das manifestações, quando 81% eram favoráveis.

A onda de protestos pelo país iniciada em junho atingiu o índice mais baixo de apoio entre os brasileiros, aponta pesquisa Datafolha.
De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados são favoráveis às manifestações. No final de junho, mês em que os protestos reuniram cerca de 1 milhão de pessoas em 25 capitais do país, o percentual de aprovação alcançou 81%.
Por outro lado, os que se declararam contra os protestos aumentaram de 15% para 42% no mesmo período.
O apoio é menor quando a pergunta aborda especificamente a realização de manifestações durante a Copa do Mundo. Apenas 32% dão o aval, enquanto 63% rechaçam a iniciativa.
A região com maior respaldo aos protestos é a Sul, com 60%, enquanto o menor apoio está no Nordeste, 46%. O Sudeste registrou 55%.
Há uma variedade ainda maior quando se considera a divisão por escolaridade: 72% dos entrevistados com curso superior apoiam os protestos, contra 37% dos que possuem apenas ensino fundamental.
No que diz respeito às preferências políticas, os mais favoráveis às manifestações são os que pretendem votar no governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e no senador Aécio Neves (PSDB): 59% e 58%, respectivamente. Entre os que preferem a presidente Dilma Rousseff (PT), 47% dão o aval.
No cenário em que Marina Silva é a candidata do PSB no lugar de Campos, 64% dos seus potenciais eleitores apoiam os protestos.
A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 19 e 20 deste mês. Poucos dias antes, em 10 de fevereiro, morreu o cinegrafista da TV Band Santiago Andrade.
Ele foi atingido por um rojão durante uma manifestação contra o reajuste das passagens de ônibus.
DESCOLAMENTO
Para especialistas, reivindicações mais específicas, como tarifa e contra a Copa, reduziram o apoio popular.
"Isso limita a parcela da população que se identifica com essas demandas", afirma o professor da Universidade Federal do Rio Grande do sul Marcelo Kunrath.
Ele coordena um grupo de estudo de movimentos sociais e diz que a depredação também contribui para o descolamento da população.
Para o professor de Ciências Políticas da Universidade de Brasília David Fleisher, o apoio diminuiu porque o poder público não teve o cuidado de diferenciar manifestação e violência.
"Existe um movimento, também da mídia e dos comentaristas, de enquadrar as manifestações como terrorismo. Aí a população associa o que está acontecendo ao momento da ditadura militar."

247: FABIANO MAISONNAVE e VANESSA CORREA, DE SÃO PAULO

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