Camaquã - Rio Grande do Sul - Brasil - Sejam bem-vindos a todos e a todas ao meu Blog! Hoje é

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os números do crédito imobiliário da Caixa em 2013

Famílias do Minha Casa Minha Vida que ganham até R$ 1,6 mil foram destaque nas contratações
A Caixa Econômica Federal atingiu, em 2013, R$ 134,9 bilhões em contratações do crédito imobiliário. O volume ultrapassou a previsão de R$ 130 bilhões para o ano. A quantidade de financiamentos também superou a média dos anos anteriores. Em 2013, o número de contratos foi superior a 1,9 milhão, enquanto em 2012, foram firmados 1,2 milhão. Nos últimos três anos, foram mais de R$ 300 bilhões em crédito para compra da casa própria concedidos somente pelo banco.  
O Minha Casa Minha Vida (MCMV) encerrou o ano com 3 milhões e 240 mil unidades contratadas, desde o lançamento do programa. Deste total, 2 milhões e 240 mil moradias foram pelo MCMV2. Somente em 2013, foram contratadas 900 mil unidades.
Para o vice-presidente de Habitação da CAIXA, José Urbano Duarte, o recorde histórico no financiamento a casa própria se deve a melhoria das condições para que os brasileiros adquiram um imóvel. “A estabilidade econômica somada ao aumento da renda e melhores condições de financiamento - taxas de juros menores, prazos maiores, além de maior simplicidade operacional - tem permitido um maior acesso ao credito para compra do imóvel desejado. Para 2014, a previsão é de que o crédito imobiliário continue crescendo, devendo ficar entre 10 e 20% maior do que no ano passado", destaca o vice-presidente.

Madrugada em Santa Maria foi marcada por homenagens às vítimas da Kiss

No dia em que uma das maiores tragédias do país completa um ano, Santa Maria não dormiu. Desde a madrugada, familiares e amigos das 242 vítimas do incêndio na Boate Kiss fazem homenagens que se estenderão até a noite. Pela manhã, cerca de 200 pessoas saíram da casa noturna em caminhada até o prédio do Ministério Público. Com gritos por justiça, eles carregaram faixas com fotografias dos jovens, balões brancos, tambores e apitos, além de cartazes pedindo a punição dos envolvidos. A Polícia Militar acompanhou o ato, que foi organizado pelo movimento Santa Maria do Luto à Luta.
Pela madrugada, o grupo fez uma vigília em frente à casa noturna. A homenagem reuniu cerca de 600 pessoas. Eles pintaram com tinta branca 242 silhuetas no chão, simbolizando os corpos das vítimas. Às 3h, horário em que o fogo começou em 27 de janeiro do ano passado, sirenes começaram a tocar e gritos por justiça foram ouvidos. Os pais também pintaram um coração no chão onde acenderam velas brancas e rosas.
Sob a chuva fina, os participantes do ato se emocionaram. O comerciante Eliton Lopes segurou as lágrimas pela morte da filha Evelin Lopes, de 19 anos. Descrente, ele acredita que os culpados não serão punidos. Ao lembrar da jovem, desabafou: "dói muito. É uma ferida que não vai cicatrizar nunca. Vamos continuar pedindo justiça, mas acho que só a justiça de Deus vai resolver".
Mas o presidente do movimento, Flávio da Silva, discorda. Para ele, os responsáveis pela tragédia serão culpados desde que a população continue pressionando os poderes públicos. "Temos que fazer atos como este para que esse o assassinato em massa não caia no esquecimento. Precisamos honrar a memória dos nossos filhos."
Durante todo o dia, haverá homenagens pela cidade. O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, decretou luto oficial nesta segunda-feira. O expediente interno nos serviços municipais será reduzido em uma hora, encerrando às 15h. Já o atendimento ao público não será alterado, com expediente das 7h às 13h.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

A morte do Homem de Marlboro é o fim de uma era que nunca foi inocente


Eric Lawson, que encarnou o Homem de Marlboro nos anos 70 e morreu de doença pulmonar aos 72 anos, ajudou a fazer dessa marca de cigarros a mais vendida do mundo – mas não sozinho. Bonitão, queixo quadrado, Lawson foi apenas um entre dezenas de atores e modelos a desempenhar o papel.
O personagem é um clássico da publicidade e estrela de uma das campanhas mais bem sucedidas de todos os tempos. Virou também o símbolo dos limites éticos, ou antiéticos, da propaganda da indústria do tabaco.
Até os anos 50, o Marlboro era um cigarro para mulheres por causa do filtro. Em 1954, a Philip Morris contratou o lendário publicitário Leo Burnett — cuja agência foi uma das maiores inspirações do seriado “Mad Men” — para executar o chamado reposicionamento de marca.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

RS terá 95 mil vagas em cursos do Pronatec-FIC no primeiro semestre

Foto destaque
Ministra afirmou que o Estado é recordista na qualificação profissional
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, anunciou nesta quinta-feira (23), em visita à Secretaria de Estado do Trabalho e do Desenvolvimento Social (STDS), que o Rio Grande do Sul terá 95 mil vagas em cursos gratuitos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), somente no primeiro semestre de 2014. Na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC), os cursos possuem como prioridade o público inscrito no Cadastro Único, beneficiário de programas sociais como o Bolsa Família.

Em 2013, o Estado teve a oferta de 100.688 vagas no ano, distribuídas em 328 municípios. Ao destacar a evolução do Pronatec-FIC, a ministra afirmou que o RS continua sendo recordista na qualificação profissional. "O Estado está na frente desde o primeiro momento. A explicação para isso é que, aqui, há o casamento entre as políticas da Assistência Social e do Trabalho. E, agora, já estamos tendo a vitória de garantir a intermediação de mão de obra do público que está se qualificando", ressaltou Campello.

O secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Luís Augusto Lara, afirmou que o sucesso na execução do Pronatec-FIC também está no fato de haver a busca ativa das pessoas para essas oportunidades de qualificação. "Também somos recordistas em trazer as famílias para os programas sociais: mais de 130 mil pessoas em um ano. Assim, nossa atuação se diferencia, pois nossa missão está em acolher as pessoas nos programas sociais, qualificá-las e empregá-las, por meio da inserção no mercado formal de trabalho".

Inscrições e informações sobre os cursos do Pronatec-FIC
Os interessados podem procurar as Secretarias Municipais de Assistência Social, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou as Agências FGTAS/Sine. Os cursos são gratuitos e oferecem vale alimentação e vale transporte.

Texto: Bruna Bueno
Foto: Sílvio Williams
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

Abastecimento de água: Corsan vai investir R$ 500 milhões até 2017

HD_CORSAN - ETA - Lajeado (1)
Dos 320 municípios atendidos pela Corsan, 170 são deficitários
Criada há 48 anos, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) abastece de água 320 dos 497 municípios gaúchos, ou quase dois terços do total, atendendo 6,6 milhões de habitantes ou 55% da população. Esses números robustos dão à empresa do governo do Estado a primazia no setor, mas recentemente novos atores entraram em cena – empresas da iniciativa privada – levando à necessidade de se refletir sobre as adequações de cada modelo.

O presidente da Corsan, Tarcísio Zimmermann, diz que nos últimos cinco anos aumentou o número de cidades atendidas pela companhia, mas locais importantes, como Uruguaiana e São Gabriel, saíram do sistema, passando para empresas privadas. Zimmermann ressalta que as empresas da iniciativa privada só querem atender as cidades de médio a grande porte. As de pequeno porte são deficitárias e ficam com a Corsan, que cumpre o seu papel social. Ele afirma que até 2017, a Companhia deverá investir R$ 500 milhões na melhoria do abastecimento de água.

Metade da riqueza mundial é controlada por apenas 1% da população

A organização humanitária Oxfam publicou um relatório esta segunda-feira onde dá conta que a riqueza acumulada pelas 85 pessoas mais ricas do mundo corresponde aos recursos disponíveis de mais de metade dos pobres de todo o mundo. Em Portugal, o peso dos rendimentos dos mais ricos no rendimento total do país mais que duplicou desde a década de 80.
Cerca de metade da riqueza de todo o globo é propriedade de apenas 1% da população mundial, o que corresponde a 110.000 milhões de euros, 65 vezes superior ao que dispõe a metade mais carenciada do mundo.
O estudo intitulado “Governar para as elites – sequestro democrático e desigualdade económica”, é divulgado nas vésperas de mais um Fórum Económico Mundial de Davos, que reúne os mais poderosos e ricos do mundo.
Com este estudo, a organização pretende alertar para o facto dos poderes económicos e políticos estarem a “separar cada vez mais as pessoas”, tornando inevitáveis “as tensões sociais e o aumento do risco de rotura social”.

A Oxfam alerta que cerca de metade da riqueza de todo o globo é propriedade de apenas 1% da população mundial, o que corresponde a 110 mil milhões de euros, 65 vezes superior ao que dispõe a metade mais carenciada do mundo.

Os dados relatados pela organização são elucidativos. No ano transato, 210 pessoas entraram no “restrito clube dos multimilionários - que superam os mil milhões de dólares de fortuna -”, atualmente composto por 1426 pessoas, com uma riqueza total avaliada em 5400 milhões de dólares. Por sua vez, na Europa, a fortuna das dez pessoas mais ricas, 217 mil milhões de euros, ultrapassa o valor das medidas de estímulo à economia aplicadas entre 2008 e 2010 (200 mil milhões de euros). Segundo a Oxfam, estes valores dão uma “ideia da magnitude da concentração de riqueza a nível mundial”.

As consequências antidemocráticas da concentração de riqueza

A concentração dos rendimentos e da propriedade, resultado da aplicação das políticas neoliberais, está a empobrecer de uma maneira muito marcada as instituições chamadas democráticas, até o ponto de as anular.
 
Uma das características da situação dos dois lados do Atlântico Norte foi o enorme crescimento das desigualdades, com uma grande concentração dos rendimentos e da propriedade, unida à grande deterioração das instituições democráticas, causada por esta concentração. As instituições políticas dos países estão muito influenciadas por poderes financeiros e económicos e pelos setores com maior riqueza, que induzem as intervenções públicas a favorecer os interesses destes poderes e setores à custa dos da maioria da população.

Isto está a criar uma perda de legitimidade e de apoio popular às instituições chamadas representativas, junto com a diluição da confiança que a cidadania tinha no poder do Estado (dirigido pelas autoridades políticas) para garantir um progresso do desenvolvimento económico do país, de tal maneira que as gerações novas vivessem melhor que as anteriores. Esta esperança desapareceu. Na realidade, grandes setores da população, que nalguns países chegam à maioria, são conscientes de que “os filhos não viverão melhor do que os seus pais”. Este sentimento ficou muito bem refletido nas declarações do candidato, mais tarde presidente de França, François Hollande, expressadas durante a campanha eleitoral naquele país. “Até há pouco – disse Hollande – todos tínhamos a convicção de que os nossos filhos teriam melhores vidas que nós. Já não é assim. Esta convicção, que respondia a uma realidade, está a desaparecer”. Esta situação é paradoxal, pois a riqueza dos países (incluindo a França) continua a crescer, na medida em que cresce a sua economia, realidade que só se interrompeu recentemente com a Grande Recessão. Mas esta convicção (e realidade que a sustenta) já existia antes da recessão, ainda que se tenha acentuado mais com a crise atual.

Como é possível que a sociedade seja mais rica e que, em contrapartida, os filhos vão viver pior que os seus pais?

A resposta a esta pergunta é que o crescimento económico se distribui muito desigualmente, concentrando-se nos rendimentos superiores, como resultado das políticas públicas que se aplicaram na maioria dos países do Atlântico Norte. Estas políticas foram iniciadas pelo presidente Reagan nos EUA e pela Sra. Thatcher na Grã-Bretanha, na década de oitenta do passado século.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Aplicação de recursos em saúde é a maior da história do RS


O ano fiscal de 2013 fechou com uma conquista importante para os gaúchos: a aplicação em Saúde alcançou o maior percentual de toda a história da gestão pública do Estado. Contabilizados os gastos totais em Saúde, que incluem inativos, o percentual aplicado chega a 12,3% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLIT), com R$ 2,8 bilhões - e bem acima da média de aplicação do período 2007-2010, que foi de 7,4%. Em relação a 2012, o incremento foi de 43% (R$ 842,7 milhões). Excluindo-se os inativos da conta, o índice chega a 11,4% da RLIT. Houve recorde também em valores: R$ 2,6 bilhões.

Educação
O Governo do Estado também obteve avanços expressivos em duas áreas eleitas como prioridade: educação e segurança pública. No caso da Educação, a atual gestão aplicou 31,19% da RLIT, frente a 30% em 2012. Foram aplicados R$ 7,1 bilhões na área contra R$ 6,1 bilhões do ano anterior (valores nominais).

Segurança
Na Segurança Pública houve incremento de R$ 348,1 milhões nos valores aplicados no ano anterior, totalizando R$ 2,5 bilhões. Em valores corrigidos, este Governo alcançou, em 2013, crescimento de 27,8% sobre a média do período 2007-2010.

Investimentos
O Governo do Estado finalizou o ano com R$ 1,4 bilhão em investimentos, utilizados, principalmente, para construções de rodovias e segurança pública, entre outras obras de infraestrutura. Em valores corrigidos, houve evolução de 25,2% sobre a média do período 2007-2010.

Arrecadação
Sem aumentar impostos, o governo elevou a arrecadação do ICMS em 12,6% (maior crescimento do Sul e do Sudeste), somando R$ 24 bilhões. "Este incremento demonstra o acerto da política fiscal, cujo objetivo é estimular a economia, sempre com vistas a ampliar a competitividade gaúcha, ao crescimento da arrecadação, à geração de emprego de qualidade e à agregação de valor aos nossos produtos", explica Tonollier.

Déficit Previdenciário
A Previdência apresentou elevação de R$ 400 milhões (5,6%) no seu déficit. Este foi amenizado pelo crescimento da arrecadação das contribuições previdenciárias em 2013, enquanto que o aumento do déficit de 2012 sobre 2011 foi de 17,9%.

Precatórios e RPVs 
Em 2013, o Rio Grande do Sul pagou R$ 1,1 bilhão em Precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Este valor representa três vezes a média do montante pago no período 2007-2010.

Considerações finais
O Balanço de 2013 reflete a política do Governo de qualificação da Saúde, da Educação e da Segurança Pública. Estas duas últimas dependentes de melhorias salariais, já ocorridas, cujos efeitos nas contas estão demonstradas no resultado. A saúde, que além de pessoal do Estado tem forte participação de instituições privadas e de prefeituras, recebeu o maior aumento de recursos chegando a 46% em relação ao ano anterior e 94% em relação ao último Governo e certamente a qualquer outro governo da história do RS.

O déficit ficou bem abaixo das estimativas, na casa de R$ 1,394 bilhão, e o resultado primário foi positivo em R$ 624 milhões (número que representa as receitas menos despesas, excluindo operações de crédito e pagamento de dívida). Por fim, o resultado não deixa de refletir a crise estrutural do Estado expressa pelo seu déficit previdenciário, pela dívida e também pelo crescimento desordenado das despesas com sentenças judiciais.

Texto: Tamara Hauck
Edição: Redação Secom (51) 3210-4305

Confira a tabela de coleta de entulhos em Camaquã para 2014 (tabela única de melhor leitura)

São Restos de material de obras e vegetação resultante das podas de árvores. Normalmente começa pela manhã!

clique na imagem para ampliá-la!



Tabela desenvolvida por Gilberto Reinke com os dados da Sec. da Infraestrutura e gentilmente enviada ao Blog do Juares

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Lei que aumenta punição a empresas corruptoras entra em vigor no fim do mês


Para o secretário-executivo da CGU, Carlos Higino, a Lei Anticorrupção brasileira é das mais progressista  Foto: Divulgação/Agência Senado
Para o secretário-executivo da CGU, Carlos Higino, a Lei Anticorrupção brasileira é das mais progressista
A Lei Anticorrupção sancionada ano passado pela presidenta Dilma Rousseff (PT) passa a valer no dia 29 de janeiro e inaugura uma nova etapa no combate a esse tipo de crime, com punições mais duras às empresas corruptoras. Pela primeira vez são estabelecidas sanções claras às pessoas jurídicas e não apenas aos funcionários do setor privado que se envolvem em caso de desvios com agentes públicos.

A lei estabelece multa de até 20% a empresas condenadas na Justiça por evasão de divisas, sonegação de impostos ou envolvimento em esquemas de corrupção. Nos casos mais graves, pode levar à proibição de celebrar contratos públicos ou receber financiamento de estatais e até ao fechamento compulsório. As punições vão valer inclusive para empresas que praticarem corrupção fora do Brasil.

“A lógica da lei é inteligentíssima, porque aumenta os custos da corrupção”, elogia o secretário-executivo da Controladoria-Geral da União, Carlos Higino.
“Antes, as empresas faziam as contas para avaliar se valia ou não a pena o pagamento de propina, por exemplo. Na maior parte das vezes, se a empresa deixava de pagar um tributo e fosse pega, só tinha de pagar a taxa com alguma multa. Ou seja, os riscos eram baixos. A partir de agora, o risco e o custo são muito maiores”, completa.

Artigo: Um pequeno milagre e seu santo, por Marcel Frison

No final de 2013, o  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) brindou o povo gaúcho com uma importante notícia. A partir da análise realizada pelo instituto sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADs) de 2007,2008,2009, 2011 e 2012, reponderados pelo Censo de 2010, chegou à conclusão que houve uma redução significativa no déficit habitacional no RS - em termos absolutos - de 26,6% durante o período de 2007 a 2012.

A evolução do indicador parte de um resultado que identifica a necessidade de 249 mil unidades em 2007, percebendo uma queda no quinquênio (2007/2011) para 219 mil, portanto, uma redução de 30 mil moradias. Interessante observar que em 2012 este mesmo déficit cai para 183 mil, uma diminuição no biênio (2011/2012) de 37 mil moradias, em termos percentuais, cerca de 17%. Ou seja, o desempenho do RS na redução do déficit em 2012 foi superior ao realizado nos cinco anos anteriores. Para quem convive com a questão habitacional não é exagero afirmar que estamos diante de um pequeno milagre.

O déficit habitacional é um indicador socioeconômico extremamente complexo que envolve mais questões do que a simples quantificação de moradias, mas, principalmente, as condições de habitabilidade a serem supridas para atender as necessidades mínimas da população.

Exportações do RS batem recorde e crescem 44,3% em 2013

Dados das exportações do RS
No ano, o RS atingiu a terceira posição entre os maiores
estados exportadores, abaixo de São Paulo (23,25) e Minas Gerais (13,81%) 

Nícolas Pasinato
 
No ano de 2013, as exportações do Rio Grande do Sul bateram recorde histórico com o acúmulo de US$ 25,1 bilhões, o que significou um aumento de US$ 7,7 bilhões (44,3%) em relação ao mesmo período do ano anterior. O Brasil, por sua vez, registrou uma leve queda nas exportações (-0,2%). No ano, o RS atingiu a terceira posição entre os maiores estados exportadores – abaixo de São Paulo (23,25) e Minas Gerais (13,81%) e acima do Rio de Janeiro (8,78%) -, com participação de 10,36% das exportações nacionais, maior valor desde 2003. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE).
O economista da FEE, Guilherme Risco explica que o bom desempenho do Estado foi puxado pela venda de grãos de soja que atingiu o valor de US$ 4,2 bilhões, o que representa 16,84% do total das exportações estaduais e de plataformas de perfuração/exploração de petróleo que chegou ao valor de US$ 4,8 bilhões. Guilherme destacou que a variação do volume de exportações (18,4%) foi positiva e bem acima da observada em nível nacional (4,1%). Ainda segundo o economista, o crescimento da soja no ano passado recupera a crise do setor em 2012. 
Na indústria de transformação, além das três plataformas, destaca-se com menor intensidade o crescimento de US$ 234,7 milhões nas exportações de derivados de petróleo, de US$ 233,1 milhões nas de produtos químicos, de US$ 193,4 milhões nas de veículos automotores, de US$ 108,6 milhões nas de couros e calçados e de US$ 105,0 milhões nas de fumo. Destaca-se negativamente o decréscimo de US$ 303,0 milhões nas exportações de produtos alimentícios, de US$ 71,8 milhões nas de máquinas e equipamentos e de US$ 38,2 milhões no setor de produtos de metal. No setor produtos alimentícios, são significativas as reduções de US$ 164,2 milhões nas exportações de óleo de soja e de US$ 161,3 milhões nas de arroz. 

Principais produtos exportados pelo Estado por país: 

- China: US$ 3,6 bilhões em grãos de soja, o que corresponde a 85,3 % das exportações gaúchas do grão, consolidando-se como maior parceiro do Estado;
- Panamá: US$ 2,8 bilhões em plataformas;
- Holanda: US$ 1,9 bilhão em plataformas;
- Argentina: US$ 435 milhões em automóveis, o que representa um aumento de 167%.

Fonte: Sul21


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Exclusiva: Dona Zelite abre o verbo contra os rolezinhos


Estanislau Castelo Maringoni
Entrevistei, com exclusividade, Dona Zelite, a socialaite mais afamada de Higienópolis. O assunto não poderia ser outro: os rolezinhos que estão tirando a Zelite do sério.

Estanislau: Dona Zelite, tudo bem?

Zelite: Essa já é a primeira pergunta, ou você está só me cumprimentando?

Estanislau: Já é a primeira pergunta.

Zelite: Então quero logo dizer que só estou dando essa entrevista, quer dizer, dando não porque rico não dá nada, vende, oferece ou aluga; mas, enfim, só estou oferecendo essa entrevista por uma causa pedagógica. Temos que superar este momento antes que seja tarde. Antes que as pessoas de bem, aquelas que são as cabeças pensantes e reinantes do PIB, prefiram mudar de país. Voltando à sua pergunta, não, meu caro, não está nada bem. As pessoas de bem estão com medo. Eu estou com medo.

O país vai de mal a pior, pois se uma pessoa não tem garantido o seu direito constitucional de ir ao Shopping tranquilamente com uma Louis Vuitton sem sentir medo, sem ser incomodada, sem correr o risco de esbarrar em um rolezento vestindo um boné escrito “Funk You”... não, definitivamente, nada vai bem. Me dá aí seu caderninho pra ver se você escreveu Louis Vuitton direitinho, se não pega mal pra mim... tá ok.


Estanislau: a senhora viveu a experiência de participar de um rolezinho?


Zelite: sim, infelizmente, eu vi, com esses olhos que o cirurgião plástico remodelou. Vi aquela horda de bárbaros invadindo o meu sossego e atropelando o aroma do meu Chanel. Eu me senti vítima de um tsunami de testosterona e progesterona que me assustou muito. Eram jovens tão mal vestidos que fariam Glória Kalil ter um enfarte. Por sorte eu desconhecia a maior parte dos palavrões que eles falavam. Uma em cada três vezes que eles abrem a boca é para dizer um palavrão. Um horror.

Dilma estreia em Davos com moral alta sobre o capital

247 – Depois de recusar todos os convites que lhe foram feitos para participar do Fórum Econômico Mundial – o chamado encontro dos ricos, em Davos, nos alpes suíços --, a presidente Dilma Rousseff finalmente decidiu subir a montanha.
Com uma extensa comitiva formada por seu primeiro escalão econômico, ela terá plateia completa para sua exposição na sexta-feira 24, no Business Interaction Group on Brazil. Para o auditório com capacidade para 70 cadeiras já se foram feitas 90 inscrições.
A presidente chegará a Davos com o moral alto sobre o capital internacional. Vista, inicialmente, como adversária do grande capital internacional, Dilma conseguiu uma virada de jogo com seu programa de concessões em infraestrutura. Dos setores de petróleo ao de aeroportos, as concessões atraíram ao País alguns dos mais poderosos grupos internacionais de cada setor, garantindo investimentos bilionários nos próximos anos. O receio sempre disseminado da falta de respeito aos contratos foi, na prática, ultrapassado.
A presidente, é claro, ainda terá muitas resistências a enfrentar. Sua prática de governo à esquerda dos países ricos deixa dúvidas entre investidores, mas esse panorama pode estar mudando rapidamente. Dilma levará para Davos a preocupação de se comprometer com o combate à inflação e a responsabilidade fiscal. Neste sentido, ela deverá lembrar que 2013 foi o ano em que, pelo décimo período consecutivo, a inflação ficou dentro da meta.

Por que Francisco é uma inspiração para todos nós


Se todos fossem como ele ...Se todos fossem como ele …
Meu artigo desta semana para o site Carta Maior.
Francisco é uma revolução em si próprio, um exército num homem só.
E deve servir de inspiração a todos os que desejam mudar alguma coisa mas ficam paralisados com medo das repercussões das mudanças.
A limpeza que ele começa a fazer no Banco do Vaticano – onde a fé se encontra com a moeda numa combinação explosiva e bem pouco transparente – ultrapassa todas as expectativas que eram acalentadas sobre sua gestão.
Quem imaginava que nisso ele não ia mexer – não, pelo menos, tão cedo – acabou de ter mais uma lição sobre os cojones de Francisco.
O caso ganhou interesse adicional no Brasil por causa do afastamento de suas funções relativas ao banco do cardeal brasileiro Odilo Scherer.
Um dos favoritos para se tornar papa no concílio que elegeu Bergoglio, Dom Odilo é, segundo Leonardo Boff, que o conhece bem, “autoritário e reacionário”. O oposto, em essência, de Francisco.
Francisco usa o arsenal completo dos transformadores e inovadores da história. Ele une a retórica à prática, em todos os momentos.
Um bispo comum teria dito: é impossível mudar a Igreja. São 2 000 anos de tradição, conservadorismo etc etc.
Bergoglio agiu, simplesmente. Desde o primeiro dia, ele agiu como se tivesse diante de si algo muito distante de uma missão impossível.
Você já deve ter ouvido gente dizer que não dá para mudar uma empresa, uma cidade, um país. Francisco mudou uma coisa muito mais complexa que tudo isso.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Em 2013, Dilma não pisou no tomate: inflação na meta

247 - Também alimentada por expectativas, e mesmo debaixo de grande torcida organizada contra, manifestada desde os primeiros momentos de 2013 na mídia tradicional e familiar, a taxa oficial de inflação do ano passado ficou dentro da meta ampliada do Banco Central, tendo chegado a 5,91% - na margem de dois pontos que admitia chegar a 6,5%. 
Das várias interpretações que serão feitas a respeito - a inflação de 2013 foi maior que e a de 2012 e teve uma disparada de 0,92% em dezembro, pressionada especialmente por bebidas e alimentos --, a primeira leitura que tem de ser feita, em atenção ao fato em si de a inflação ter ficado dentro da meta, é a que mostra uma grande vitória da presidente Dilma Rousseff.
Dilma venceu, com o ministro Guido Mantega, bateu dos melhores aos  mais fracos economistas e comentaristas. Todos apostaram contra, o que inclui o movimento internacional de mídia pela cabeça de Mantega e outros elementos de desestabilização. Como alvo maior das provocações e ataques diretos, a inflação estourada seria o número mais vistoso a ser mostrado, como prova da tibieza do governo federal sobre o tema.
Mas a taxa oficial de inflação medida pelo IBGE ficou dentro da meta, de resto o que já era esperado por todos. Foi somente a partir de novembro, porém, quando formou-se um consenso de que o índice não seria uma maluquice, que a campanha arrefeceu.
Perderam as capas de revistas com o tomate pisado pela presidente, momento mais representativo do nível atual da revista Veja, o eco produzido em Época e talvez Ana Maria Braga passe a pensar duas antes de fazer campanha sobre mais um assunto do qual não entende nada.
De acordo com o ministro interino da Fazenda, Dyogo Henrique, a inflação continua sob controle:

Ministro interino da Fazenda diz que IPCA não surpreende e inflação está sob controle

Parceria entre Governo do Estado, municípios e União garante assistência hospitalar à Costa Doce


Foto destaque

A população da Costa Doce terá acesso a uma rede de assistência hospitalar integrada, ainda no primeiro semestre 2014, a partir de uma parceria entre os municípios de Barra do Ribeiro e Guaíba, o Governo do Estado, a União e a Associação Portuguesa de Beneficência, instituição que fará a gestão das unidades.
Nesta quinta-feira (9), as administrações municipais das duas cidades assinaram termos de cessão de uso de estruturas já existentes para permitir que a entidade filantrópica inicie as obras de ampliação e reformas necessárias. A fase seguinte será de contratualização dos serviços pelo SUS, com financiamento dos governos Federal e Estadual.

Para os habitantes de Barra do Ribeiro, isso significa que o hospital construído há mais de 10 anos, mas que nunca funcionou, finalmente terá seus trabalhos iniciados. Já os moradores de Guaíba verão o Pronto Atendimento, situado na Avenida São Paulo nº 800, se transformar em um hospital de caráter regional, em benefício de cerca de 600 mil gaúchos da região.
"O SUS se faz com cooperação, e esse ato é um ótimo exemplo disso", afirmou a secretária da Saúde, Sandra Fagundes, na cerimônia em frente à prefeitura de Barra do Ribeiro. Ela destacou que a iniciativa integra um esforço de planejamento de serviços que promovam assistência integral à saúde em regiões que hoje apresentam vazios assistenciais, como é o caso da Costa Doce.
"Estamos inaugurando um novo modelo de atendimento, mudando a maneira como as pessoas são cuidadas pelo SUS, para que todos tenham acesso à assistência no lugar mais próximo, no tempo certo e com a tecnologia adequada", disse Sandra, referindo-se também à importância do fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família, das Unidades Básicas e dos Pronto Atendimentos 24 horas, e dos fluxos entre todos estes serviços.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A escolha de Carmen: ser juíza ou carrasca adjunta

Até agora, todas as execuções penais da Ação Penal 470, marcadas por abusos e arbitrariedades condenadas por juristas de renome, foram tomadas por um único homem: Joaquim Barbosa; como ele saiu de férias sem concluir seu "serviço", deixou para a ministra Carmen Lúcia o caso que envolve o deputado João Paulo Cunha (PT-SP); agora, ela pode escolher seu papel na história: será juíza ou embarcará na insana aventura de um ministro que manda réus condenados ao semiaberto para regime fechado e deixa outros, como Roberto Jefferson, curtindo o verão em casa?; a Justiça brasileira nas mãos de Carmen Lúcia; será que ela irá se submeter à tirania de um eventual candidato togado?


247 - Até agora, a desmoralização da Justiça brasileira é obra, sobretudo, de um único homem. Ao comandar as execuções penais da Ação Penal 470, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, mostrou à sociedade como um juiz não deve agir. Cometeu abusos, arbitrariedades e foi, nitidamente, parcial em suas decisões. A prova mais evidente disso é o fato de ter saído de férias sem ter tomado qualquer providência em relação a Roberto Jefferson, aquele que foi condenado sem direito a embargos e confessou ter administrado um caixa dois de R$ 4 milhões. Repita-se: QUATRO MILHÕES DE REAIS.

Outra arbitrariedade óbvia de Joaquim Barbosa foi o fato de ter enviado para prisões em regime fechado réus condenados ao semiaberto – o que mereceu um manifesto de repúdio assinado por juristas e intelectuais (leia aqui "Juristas e intelectuais gritam contra AI-5 de Barbosa"). 

"Sem qualquer razão meramente defensável, organizou-se um desfile aéreo, custeado com dinheiro público e com forte apelo midiático, para levar todos os réus a Brasília. Não faz sentido transferir para o regime fechado, no presídio da Papuda, réus que deveriam iniciar o cumprimento das penas já no semiaberto em seus estados de origem. Só o desejo pelo espetáculo justifica", disseram juristas do porte de Celso Bandeira de Mello e Dalmo de Abreu Dallari. Detalhe: o espetáculo aéreo, pago com recursos públicos, já foi desfeito – uma vez que vários presos já retornaram aos seus estados de origem. Os recursos, porém, foram perdidos.

Qual a moral dos partidos (e dos políticos)?

Por Lula Miranda
Fiz a mim mesmo essa indagação ao ler, aqui no Brasil 247, frase atribuída ao presidente do PSB paulista: “somos moralmente de partidos diferentes”. O deputado Márcio França referia-se ao seu partido, à Rede Sustentabilidade e a Marina Silva, que, supostamente, estaria atrelando sua candidatura à vice na chapa capitaneada por Eduardo Campos, que concorrerá à eleição presidencial desse ano, ao fato do PSB de São Paulo não apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin, e sim lançar candidato próprio ao governo do estado
.
A frase é autoexplicativa, além de antológica. Mas o que França parece querer nos dizer é que ele é moralmente diferente de Marina. Melhor, que são de partidos “moralmente diferentes”. Mas qual a moral de França e/ou do “seu” PSB? Qual a moral de Marina e/ou da “sua” Rede? Os partidos – inclusive a promissora Rede – e os políticos, por acaso, têm alguma moral, nem que seja mínima? Têm algum ideário e coerência? Não seria esse suposto debate apenas uma falsa polêmica ou um joguete de amorais (ou imorais) para confundir e seduzir o leitor? Ou é mesmo um debate para valer?

Sabotar a Copa é sabotar o Brasil


Devo confessar que não gosto de futebol – o que, no Brasil, chega a ser uma heresia. Ainda assim, apesar de ser exceção, não tenho um time de preferência, não torço por nenhum, não entendo as tabelas, as regras etc., pois nunca me interessei por entender.

O tempo, o dinheiro e a energia que este povo gasta com o futebol deveriam ser melhor empregados. Mas um fato é inquestionável: os brasileiros, sobretudo os mais humildes, encontram nesse esporte um alento para a dura vida que levam.
Sediar eventos internacionais da importância de uma Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos, porém, é outra coisa. Tais eventos podem projetar um país ao poderem mostrar sua capacidade de organização e de execução de projetos.
Todavia, tais eventos também podem desmoralizar internacionalmente um país se este, ao organizá-los, vier a colher um fracasso organizacional.
O prejuízo de imagem a um país que fracassa na organização de um evento internacional da importância de uma Copa do Mundo, ao contrário do que muitos possam pensar não fica para o governo responsável por tal organização, mas para esse país.

Governos passam, países ficam. Se o movimento “Não vai ter Copa” triunfar, no futuro quem ficará conhecido mundialmente pelo fracasso do evento não serão Lula, Dilma Rousseff ou o PT, mas o Brasil.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A vassoura e o martelo – o Barbosismo

Partidos relevantes da oposição não querem Joaquim Barbosa, mas sem ele o pleito parece perdido.

barbosa

Poucas semanas atrás, a divulgação da pesquisa Datafolha para as próximas eleições presidenciais foi comemorada pelo governo e trouxe desânimo para a oposição. Passada a euforia dos primeiros dias com a composição entre Marina Silva e Eduardo Campos, os números apontam para uma vitória de Dilma Rousseff ainda em primeiro turno.

Contudo, parece-me que o dado mais relevante trazido pelo levantamento, e tratado de maneira residual pelos veículos, foi o aparecimento em segundo lugar do nome de Joaquim Barbosa, presidente do STF. Ainda que, mesmo assim, não consiga provocar um segundo turno, é dado de extrema relevância, ao superar o conjunto da oposição, e, portanto, merece reflexão.

O “Barbosismo”, calcado no moralismo de nova roupagem, personalista, turbinado pelo espetáculo midiático das prisões dos condenados do processo do “mensalão”, encontra ressonância nos setores mais radicais de classe média (pseudointelectualizados, pseudopolitizados), que recusam e criminalizam a política e são contra tudo que está aí.

A Copa é nossa! É isso aí!

POR DAVIS SENA FILHO 

A Copa do Mundo é um torneio de seleções de futebol realizado a cada quatro anos pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). Maior evento de futebol do planeta e segunda maior competição esportiva do mundo em audiência — superada apenas pelas Olimpíadas —, a Copa mexe com a emoção de bilhões de pessoas, além de ser transmitida para os cinco continentes do planeta.

As perguntas e dúvidas mais frequentes das pessoas são as seguintes:

1) Os altos investimentos para copa terão retorno para os cofres públicos?
2) O Brasil suporta sediar a Copa do Mundo de 2014?
3) O Brasil está investindo bilhões de reais na realização da Copa do Mundo. O dinheiro não poderia ser investido em saúde, educação e segurança?

A verdade é que grande parte da população se posiciona a favor da Copa, um sonho antigo do País e conquista importante porque insere o Brasil como referência mundial em termos de megaeventos e que apesar dos que torcem contra, o País tem know-how, porque há décadas organiza a maior festa popular do mundo, o Carnaval, bem como já foi a sede da Copa do Mundo de 1950 quando o Brasil praticamente era um País rural e mesmo assim realizou, com competência, o torneio internacional de futebol, que estava suspenso por causa da Segunda Guerra Mundial.

Além disso, o Brasil tem experiência em organizar megaeventos, a exemplo do Rock in Rio, as visitas dos papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco, a Eco 92, a Rio+20, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os Jogos Pan-Americanos, em 1963 e 2007, além de muitos outros eventos grandiosos, que aconteceram no Brasil e ninguém questionou ou convocou a população para ir às ruas em uma tentativa de boicotar e sabotar a Copa de 2014, como estão a proceder os políticos dos partidos de direita e os bate-paus empregados dos magnatas bilionários da imprensa de negócios privados.

Eu entendo que se a Copa não é a solução dos problemas, como consideram aqueles que veem com maus olhos a competição ser realizada no País, pelo menos produz um alto investimento para alguns setores que estavam à espera de retomar o crescimento, gera milhares de emprego, evidencia o Brasil em termos mundiais e faz com que circule dinheiro no País. O Brasil e seu povo estão a se preparar para aproveitar esse momento único e extraordinário.

A copa permite alavancar e adiantar investimentos essenciais em infraestrutura e serviços. A Matriz de Responsabilidade é um plano estratégico de investimentos compartilhados entre o poder público nos três níveis (federal, estadual e municipal) e o setor privado. Três quartos dos investimentos nos projetos que integram a Matriz se destinam à infraestrutura e serviços para o País, além de 62% dos investimentos estarem concentrados em projetos de mobilidade urbana e de modernização dos aeroportos.

Valores dos investimentos da Matriz de Responsabilidade

Monitoramento de maio/2013 — Distribuição de investimento por tema.
Estádios – R$ 7,6 bilhões
Mobilidade Urbana – R$ 8,9 bilhões
Aeroportos – R$ 8,4 bilhões
Portos – R$ 700 milhões
Telecom – R$ 400 milhões
Segurança – R$ 1,9 bilhão
Turismo – R$ 200 milhões

A CAMPANHA DA MODA

Por JANIO DE FREITAS*
Todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%

Quem não discute gosto anda na moda, que é um modo de não ter gosto (próprio, ao menos). Até por solidariedade aos raros que não se entregam à moda eleitoreira de dizer que 2013 foi um horror brasileiro e 2014 será ainda pior, proponho uns poucos dados para variar.

Com franqueza, mais do que a solidariedade, que tem motivo recente, é uma velha convicção o que vê importância em tais dados. Um exemplo ligeiro: todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%. Menor que o da admirada Alemanha. Em referência ao mesmo novembro (últimos dados disponíveis a respeito), vimos as manchetes consagradoras "EUA têm o menor desemprego em 5 anos: cai de 7,3% para 7%". O índice brasileiro, o menor já registrado aqui, excelência no mundo, não mereceu manchetes, ficou só em uns títulos e textos mixurucas.

Folha começa a temporada do “Urubu-2014″

urufolhaCumprindo exatamente o papel que Janio de Freitas, ontem, descreveu estar sendo desempenhado pela mídia, a manchete de hoje da Folha segue o padrão do “tudo vai ficar pior”, mesmo naquilo que jamais foi tão bem na história deste país.
A taxa de desemprego, como todos sabem, é a menor já alcançada pelo Brasil.
Em novembro de 2013, foi de 4,6%.
Em novembro de 2002, último ano da era FHC, era mais de o dobro: 10,9%, com a mesma metodologia usada hoje.
É muito – ou muitíssimo – menor que na esmagadora maioria dos países desenvolvidos. Janio, ontem, ironizou o festejo otimista com que se comemorava a queda da desocupação dos EUA para 7% como sinal de recuperação econômica.
Hoje, porém, a Folha aposta na “chutometria” de economistas do “mercado” de e entidades empresariais para dizer que a “inflação deve fazer desemprego crescer este ano”.
Curioso é que as previsões de inflação são até menores do que as que esperavam em 2013.

De Pelé a Joaquim Barbosa, é sempre a mesma história

Pelé e Xuxa, no passadoPor Paulo Nogueira

Pelé e Xuxa, no passado
Não é um assunto fácil de tratar.
Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de enfrentá-lo.
Começo, então, com uma digressão.
Uma das coisas notáveis que o ativista negro Malcom X fez pelo seu povo foi, em suas pregações, elevar-lhe a auto-estima.
Malcom X, com seu poder retórico extraordinário, dizia aos que o ouviam que deviam se orgulhar de sua aparência.
Os lábios grossos de vocês são lindos, bem como o cabelo crespo, bem como as narinas dilatadas – bem como, sobretudo, a cor de sua pele.
Os negros americanos tinham sido habituados a se envergonhar de sua aparência, e a buscar tudo que fosse possível para aproximá-la da dos brancos.
O próprio Malcom X, na juventude, alisou os cabelos.
Não foi por vaidade que um dos seguidores de Malcom X, Muhammad Ali, dizia que era o homem mais bonito do mundo. Ali estava na verdade dizendo aos negros que eles eram bonitos.
Ali casou algumas vezes, sempre com negras. Era mais uma maneira de sublinhar a beleza dos negros. Se Ali, no apogeu, tivesse casado com uma loira a mensagem não poderia ser pior.


JB e namorada, no presente
JB e namorada, no presente
Pelé, no Brasil, teve uma atitude bem diferente – e não apenas ele. Era como se na ascensão dos negros no Brasil estivesse incluída a mulher branca.
Falta de consciência? Alienação? Deslumbramento? Compensação? Alpinismo social? A resposta a esse fenômeno é, provavelmente, uma mistura de todos estes fatores.
Pelé casou com uma branca, Rose, há meio século. Depois, passou para uma Xuxa adolescente. É uma bênção para as negras brasileiras que seu orgulho nunca tenha estado na dependência de estímulos de celebridades como Pelé.
Quanto mudou o cenário nestes cinquenta anos fica claro quando se olha a fotografia da namorada de Joaquim Barbosa.
Não mudou nada.