“Nós reerguemos a indústria naval brasileira”, afirma Dilma
Jornal GGN – Cíntia Alves e Daniel Mori, 14/04/2014
A presidente Dilma Rousseff participou, na manhã desta segunda (14), da viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. Na ocasião, a chefe do Executivo destacou os investimentos feitos pelo governo federal na indústria naval brasileira desde que seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto. Segundo ela, não fossem as políticas desenvolvidas a partir de 2003, o setor continuaria estagnado.
“Nós fomos a segunda maior indústria naval nos anos 1980 no mundo, mas entramos numa reta inclinada para baixo e perdemos a importância, porque não havia incentivo, não faziam políticas industriais e não tinha política de compra. Nós [gestão Lula e Dilma] reconstruímos a indústria naval com projetos. E começamos mudando radicalmente a política de compra, que é comprar aquilo que o seu país pode produzir”, disse a presidente.
Segundo Dilma, incentivando a produção nacional, o governo parou “de exportar o que o Brasil tem de mais preciso, que é emprego para cada família brasileira”. “[Na última década] multiplicamos os empregos no setor por 10. Era algo perto de sete mil empregos, e hoje estamos perto de 80 mil empregos”, sustentou.
Dilma ainda frisou que o projeto de ampliar a frota de navios petroleiros saiu do papel com seu esforço pessoal, enquanto comandante do Ministério de Minas e Energia, e da atual presidente da Petrobras, Graça Foster. “[Quando o governo sinalizou que queria produzir mais navios petroleiros] disseram que a gente não ia conseguir nem produzir os cascos”, contou a petista. “Mas como eu e a Graça somos incrédulas quando se trata de rebaixar a competência brasileira, nós insistimos”, completou.
Em seu discurso, Graça Foster reforçou que o Prominp e o Promef são “programas que nasceram por decisão do governo federal, não só para [beneficiar] a Transpetro ou a Petrobras”, fundamentais para a expansão da indústria naval. A dirigente acrescentou que União se comprometeu a investir, entre 2013 e 2020, “100 bilhões de dólares na indústria naval offshore”. Ainda de acordo com Graça, o Dragão do Mar é motivo de orgulho para a Nação, pois tem capacidade para transporta 1 milhão de barris do petróleo, o que equivale à metade da produção diária da Petrobras no Brasil.
Retomada do setor
A indústria naval brasileira passou quase 20 anos em crise, sem qualquer política de incentivo à construção naval. Mas a partir da Lei do Petróleo, assinada em 1997, o governo FHC junto com a Petrobrás instauraram no país uma série de medidas para substituir as importações e induzir a produção de conteúdo local. Em 2003 e 2004, dois programas, o Promef e o Pomimp, concretizaram o objetivo da Lei do Petróleo e o país que tinha 1910 trabalhadores no setor em 2001, hoje conta com 78.136 empregos diretos.
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